Poesia-Pintura

ESTRANHO, NÃO É?

Poema de João de Almeida Santos.
Ilustração: “Terraço”.
Original de minha autoria
para este poema.
Agosto de 2020.
Terraço0908_2Mono

“Terraço”. Jas. 08-2020.

POEMA – “ESTRANHO, NÃO É?”

É VULGAR SONHAR-TE
Em ambiente idílico,
Dirás.
Sim, bem sei,
Tu que nada terias
De romântico
Mesmo que eu fosse
Um rei.

MAS, FOI ASSIM
Que te sonhei,
Aqui, onde o céu
Parece um lago
E as grades são,
À vista
Do casario
Que me veste
O olhar,
A minha libertação,
O meu tão cantado
Lar.

É AQUI QUE
Eu te tenho,
É aqui que eu
Te sonho,
Que te canto
E te choro,
É aqui que
Sobrevivo
Porque é aqui
Que te adoro.

PINTO-TE,
  Sabes?
Pinto o lugar
Onde te vejo
E te quero,
Onde mais
Eu já te sinto...
..............
E desespero...

ESTRANHO, NÃO É?
É um sítio
Onde só vives
Sob forma
De arbusto
E te respiro
O perfume,
Adormeço
Ao relento,
Te sonho
Com as estrelas
E viajo
Com o vento...
............
Como lume.

SINTO-TE PERTO
Quando te canto
(Liberto)
E me aprisiono
Na ideia que
De ti eu tenho
E onde mais
Me abandono.

PERCO-ME, SIM,
Nestas cores,
Nestas palavras,
Na minha fantasia,
Enquanto tu
Te perdes
Num silêncio
Programado,
Tal como eu,
Nesta minha
Teimosia,
Meu destino
E triste fado,
Tão sofrida
Nostalgia.

MAS EU ESCREVO
E pinto
Para ti,
Meu amor,
Alimento
(Com dor)
Do teu futuro
Quando olhares
Para trás
E só vires
Este meu canto
(Já tão maduro)
Na tua vida
Porque não foste
Capaz
De manter
A ilusão
Por ti sempre
Prometida...
Terraço0908_2Rec

“Terraço”. Detalhe.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s