“POLÍTICA E IDEOLOGIA NA ERA DO ALGORITMO”
Novo Livro de JOÃO DE ALMEIDA SANTOS (S. João do Estoril, ACA Edições, 2024, 262 pág.s)

A Capa do Livro. JAS. 06-2024
“POLÍTICA E IDEOLOGIA NA ERA DO ALGORITMO”
Já está disponível, para aquisição em formato digital, este Livro (5€). Pedido a ACA Edições: acazarujinha@gmail.com
FICHA TÉCNICA Título: Política e Ideologia na Era do Algoritmo Autor: João de Almeida Santos Capa: João de Almeida Santos Design & Paginação: Pedro de Almeida Santos ISBN: 978-989-33-5389-9 Local: S. João do Estoril Ano: 2024 Copyright: João de Almeida Santos & Associação Cultural Azarujnha Editora: ACA Edições Rua Brito Camacho, nº 129, 2.º D.to 2765-457 - S. João do Estoril E-mail: acazarujinha@gmail.com
ÍNDICE INTRODUÇÃO I. A POLÍTICA NA ERA DO ALGORITMO A Política na Era do Algoritmo Apocalipse Now? Algoritmocracia Os Novos Spin Doctors e o Populismo Digital A Política Tablóide e a Crise da Democracia II. A DIREITA RADICAL A Democracia Iliberal A Direita Radical A Direita Radical em Itália III. A POLÍTICA DELIBERATIVA A Democracia Deliberativa Globalização, Capitalismo e Democracia IV. IDEOLOGIA - A LAVANDARIA SEMIÓTICA A Lavandaria Semiótica Woke Os Novos Progressistas Ideologia de Género e Luta de Classes Os Revisionistas e seus Amigos V. CONCLUSÃO VI. BIBLIOGRAFIA
TRATA-SE, COMO SE VÊ PELO ÍNDICE, de uma obra que, no essencial, se confronta com quatro grandes temas: 1) a democracia perante os progressos tecnológicos: plataformas digitais, TIC, internet, redes sociais, algoritmo, constitucionalismo digital; 2) a direita radical: a democracia iliberal, a doutrina e o caso italiano; 3) a democracia deliberativa, como solução para a crise de representação, e o novo espaço público deliberativo na era da globalização; 4) a ideologia woke e seus derivados – a caminhada política, rumo à hegemonia, da esquerda identitária dos novos direitos.
1.
São estes os grandes temas desenvolvidos neste livro. Um livro escrito de acordo com as normas da academia, mas com o objectivo de contribuir para a resolução dos grandes problemas com que hoje se confronta a democracia representativa, num registo teórico que procura ir além do paradigma da teoria política clássica, designadamente através de uma incursão analítica sobre estes temas com novas categorias mais adequadas à nova realidade dos meios de produção da política, da comunicação e da democracia.
2.
Senti necessidade de escrever este livro por duas razões essenciais: em primeiro lugar, porque não vejo a esquerda moderada a agir politicamente de acordo com os novos paradigmas emergentes, continuando subsidiária de velhos modelos de política, já desgastados e responsáveis pela sua crise actual, ou seja, produzindo política em movimento por inércia, por não dispor de novas categorias e de uma nova cartografia cognitiva, acabando por revisitar o seu próprio património ideal com a mundividência da chamada esquerda identitária dos novos direitos, ou seja, desviando-se progressivamente do confronto activo com as fracturas fundamentais da sociedade, que acabam por ser sobredeterminadas cognitivamente ou mesmo encobertas pela nova ideologia. Uma ideologia que encontra enormes afinidades em todas as doutrinas que recusam aquela que é a matriz liberal clássica da nossa própria civilização, desde a revolução da modernidade; em segundo lugar, porque considerei absolutamente necessário desmontar, não só a ideologia e a mundividência política da direita radical (em três capítulos), mas também, nas suas várias frentes, esta ideologia identitária dos novos direitos (em cinco capítulos), que tem vindo a ganhar terreno no seio do centro-esquerda, e até no próprio centro-direita, tornando-se não só um inadequado e até perigoso substituto da narrativa clássica da esquerda moderada, mas também o alvo privilegiado da direita radical, que acaba por a identificar como expressão doutrinária hegemónica do próprio establishment democrático. Em Portugal, não faltam exemplos da assunção pelo centro-esquerda desta ideologia, seja do discurso politicamente correcto seja da ideologia de género (na sua versão radical) ou do próprio wokismo. Versões que analiso exaustivamente no livro.
3.
Torna-se, pois, necessário, proceder a uma correcção de rota, retomando aquele que deve ser o caminho do centro-esquerda, não só através de um claro reposicionamento relativamente à tradição liberal clássica, a mesma que derrubou o Ancien Régime e o regime do privilégio (e bastaria, para o efeito, lembrar que há muito existe uma doutrina, com pergaminhos teóricos e de valor, chamada socialismo liberal), mas também de um reconhecimento da necessária evolução para uma democracia deliberativa, deixando para a esquerda radical a defesa e a promoção política desta ideologia identitária dos novos direitos. A distanciação em relação a esta corrente permitiria, além do mais, clarificar o terreno político do centro-esquerda relativamente à confusão intencional que a direita radical tem vindo a promover sobre esta nova ideologia da esquerda como a ideologia dominante do establishment. A democracia, enquanto regime plural e tolerante, convive bem com estas ideologias, desde que elas exibam um efectivo “patriotismo constitucional”, para usar o conceito de Habermas, mas não pode é deixar que elas se transformem em seus pilares estruturais, com o seu cortejo de dogmas intolerantes e atentatórios da própria liberdade. Cabe, pois, ao centro-esquerda (mas também ao centro-direita) ocupar o lugar que a modernidade e a própria democracia lhe tem vindo a confiar, adequando a sua doutrina e as suas práticas às profundas mudanças que estão a acontecer: rompendo com os graves desvios a que tem estado sujeito; recuperando uma ideia de política mais centrada nas expectativas da cidadania e na ética pública e menos endogâmica e corporativa; superando o obsessivo discurso “algebrótico” dos grandes números como discurso legitimador das políticas e suporte de uma visão meramente managerial da política, mas abandonando também essa visão cada vez mais caritativa do Estado Social e injusta para com aqueles que representam o pilar fiscal que suporta, no essencial, o orçamento de Estado (a classe média); e, finalmente, preocupando-se mais com a eficiência do aparelho de Estado, que não seja exclusivamente na cobrança dos impostos. Em síntese, corrigir o que não foi bem feito, os desvios e as insuficiências, em função de novas categorias e de uma nova cartografia cognitiva da sociedade actual.
4.
Foram estas, no essencial, as razões que me levaram a escrever este livro.
5.
O livro, que se segue ao que a ACA Edições já publicou e que se encontra esgotado (A DOR E O SUBLIME. Ensaios sobre a Arte, 2023), está disponível para venda, bastando contactar a Editora através do e-mail acazarujinha@gmail.com, manifestando o desejo de adquirir o livro na versão digital (5 Euros) e seguindo as instruções que a Editora dará (depósito na conta, envio de recibo e receberá o livro no mail indicado). Em breve ficará disponível a versão on paper, em edição limitada. A quem vier a adquirir o livro na versão on paper e o tiver já adquirido em versão digital será descontado o valor pago pela versão digital. Pode obter mais informações no site da ACA (em renovação), no Instagram e no Facebook: (https://www.instagram.com/aca_associacaocultural?igsh=MTkwNWE4MmQ0dTV3cw== e https://www.facebook.com/share/wGiqZFHpRTeMGUFi/ ) JAS@07-2024

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