O POETA E O SILÊNCIO
Poema de João de Almeida Santos Ilustração: “A Melancolia do Poeta” Original de minha autoria Junho de 2024

“A Melancolia do Poeta”. JAS. 06-2024
POEMA – “O POETA E O SILÊNCIO”
TEM RAZÃO O poeta que quer Ser rei Dos silêncios E não ficar Escravo Das palavras Que ela diz... ESCUTAR O silêncio Da musa É a missão Do poeta, O eco Das palavras Em surdina Com que ele O interpreta. FÁCIL É TROCAR As palavras, Difícil é Interpretar Os silêncios Em que a musa Se instala Sem saber Se são recusa Ou se são A sua fala. MAS ELE SOFRE, Entre os silêncios Expressos E as palavras Trocadas, O acre sabor Da pura Melancolia, O passado Que passou E que agora, Com as palavras Que tem, Ele renova E recria. FOI NESSE Intervalo Entre as palavras E os silêncios Que um dia Se abrigou Quando por essas Palavras Trocadas De afecto Soçobrou. MAS LEVANTOU-SE Pra dos silêncios Ser rei, Recriando O passado Em poéticos Rituais Pra não ficar Prisioneiro De um tempo Que não volta... ............ Nunca mais. DOS SILÊNCIOS Das suas musas Ele é rei, Ele é jogral, Só ele Os pode ouvir Como ecos Do seu canto Nos dias De ritual.
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