LUZ
Poema de João de Almeida Santos Ilustração: “Paraíso”, JAS 2022 Original de minha autoria Novembro de 2024

“Paraíso”. JAS 2022 – 68×84, papel de algodão (3210gr) e verniz Hahnemuehle, Artglass AR 70, em mold. de madeira
POEMA – “LUZ”
TANTA LUZ Neste meu céu, Esse imenso E cintilante Mar Que um dia Foi todo meu E deu asas Ao olhar, Espelho Dos sonhos De amante Onde a fantasia Nasceu Pra lá poder Navegar. ESPELHO Branco Que te ilumina Na noite escura E fria Onde brilham Os teus olhos, Luar Prateado Desta minha Fantasia. E QUANDO Nos sonhos Te vejo Iluminada, Entro na porta Branca Que me leva Ao paraíso... ....... Levado Por uma fada. E VOO, VOO, Deixando Para trás O meu jardim Encantado, Os bailéus Da casa-mãe Desenhados A rigor, A quelha da minha Infância, Manhãs brancas De surpresa Em puríssimo Alvor. NOS SONHOS, (Em todos eles) Caio das nuvens Brancas Como Ícaro, Quase cego Da sua luz Até te encontrar No jardim Vestida de todas As cores Que povoam As cidades Dos poetas E pintores Com aromas De jasmim. É ESSA Cintilante Luz Que ilumina O que me sobra De ti, O que ainda Me seduz Nos sonhos Em que te pinto E que sempre Me sorri. É SONHO, É tudo quanto Me basta E nada mais, É tudo O que eu preciso Pra te sonhar Comovido À beira Do nosso cais.
