CAMINHOS PARALELOS
Poema de João de Almeida Santos Ilustração: “Le Rouge et le Noir” Original de minha autoria. Janeiro de 2025
"Le Rouge et le Noir". JAS 2025

POEMA – “CAMINHOS PARALELOS”
VI-A UM POUCO Triste Naquele dia, Eram muitos E apressados Os que na rua Passavam No dia Dos namorados, De minha tão leda Memória, Desses tempos Já passados Que não voltam Nunca mais. E TAMBÉM EU Regressava Por ali, Num acaso Circular, Nesse dia Luminoso Em que eu a vi Passar. COINCIDÊNCIAS Do lugar, Tristeza Triste, A sua... ........... De relance, Vi-a passar E fiquei De alma Nua De só a poder Abraçar, De través, Com o olhar, Quando a vejo Na rua. O SEU DESTINO E o meu Seguem Sempre por aí, São caminhos Paralelos Que se encontram No olhar Num ponto Do infinito, São veredas Impossíveis, Caminhos Do interdito. OS ASTROS Ou os deuses Marcaram Este meu penoso Fado E dele não posso Sair, Prisioneiro De um passado Que não é Possível cerzir. EXPIO, ASSIM, Com dor E tanta Melancolia, O fardo Do impossível Em forma de Redenção: Canto versos Com melodia, Poesia, Salvação, Na cidade Da utopia Para onde Eu sempre vou Com as estrofes Na mão.
