Poesia-Pintura

O POETA E O ARCO-ÍRIS

Poema de João de Almeida Santos
Ilustração: “Arco-Íris no Vale”
Original de minha autoria
Fevereiro de 2025

POEMA – “O POETA E O ARCO-ÍRIS”

DOS CAMINHOS
Serpejantes
Da montanha
Vêem-se
Silhuetas
De poetas
Lá no alto,
Lá no ar,
Sentados
Em arcos-íris
Sobre o vale
Da minha terra,
Agarrados
A palavras
E prontos
Pra desenhar
Os ecos
Da nossa serra.

TANTA LUZ
Nesse imenso
Mar
De gotículas
Coloridas,
Nesse céu
Bruxuleante
(Que já é
Um pouco meu),
Espelho
Dos meus sonhos
De amante
Que deu asas
Ao olhar
Onde a fantasia
Nasceu
Para poder
Navegar.

ÀS VEZES
É denso
O arco-íris
Que paira
Sobre o meu vale,
Subo nele
E entro
Na frescura
Colorida
Para me ver
Caminhar
Pelos sendeiros
Da vida.

LÁ DO ALTO
Vejo o vale,
Vejo a vida
Que se move,
Vejo a água
Da ribeira
Que corre
E  que cresce
Quando chove,
Dou asas
À fantasia
Para trazer
Ao meu vale
Tudo aquilo
Que me comove
E tem força
De magia.

ENTÃO, PINTO
A comoção
Com palavras
Cinzeladas
Em pauta
De melodia
Que provoca
Emoção
Em quem as ouve
Cantadas
Em plena
Harmonia
E desejo
D’evasão.

SÃO BELOS
Os arcos-íris
Que vejo
Cá no meu vale,
Iluminam
A memória
Dos tempos
Que já lá vão,
Quando a vida
Tenteava
Cada passo
Que ela dava
Em busca
Da perfeição.

E ASSIM VOU
Desenhando
Cada minuto
Que passa
Com a luz
Que vem do céu
Pois se ele
Já é de todos
Também é
Um pouco meu.

Deixe um comentário