VESTIDA DE CORES E DE LUZ
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: “O Retrato”, JAS 2022 (68X80, em papel de algodão, 310gr, e verniz Hahnemuehle, Artglass AR70, mold. de madeira). Original de minha autoria. Maio de 2025.
POEMA: “VESTIDA DE CORES E DE LUZ”
VESTES CORES Garridas No palco Do mundo Em danças De luz Como quem grita A beleza Que levas Dentro de ti... .............. Beleza Que me seduz, Beleza Que me sorri... COBRES-TE DE TI (Eu bem sei), Agasalhas A alma E para mim Sorris, Repetindo O teu rosto Ao longo Do tempo Em tantos Perfis. DIZES-TE Em arte, Com aura, Inspiração, Num jogo D’espelhos Que me sabe A sedução. MAS DEPOIS Regressas a ti No fim Desse sonho Que te levou Ao paraíso. É a queda De um anjo Na rotina Do viver Onde lhe resta A leveza De um sorriso Pra que possa Renascer. E EU SIGO-TE E voo Com poemas Feridos De cores vivas, Ao rubro, Versos roucos De tanto te Repetir Cá de longe Nesta triste Melodia Feita de Murmúrios De alma, De doce Melancolia E de tentado Sorrir. NÃO IMPORTA Que a fuga Para a boca De cena À procura De autor Que te conte Ao mundo Seja fuga De ti própria Para a luz Da ribalta... .............. Não m’importa, Porque assim Já é luz Que não me falta. EU GOSTO De te ver assim, Luminosa, Oficiante Desse rito pagão Que celebra A arte E a liberdade, Qual pregão A convocar Para a festa Da vida... ............ Para a festa Da saudade. AH, COMO GOSTARIA De te rever Na praia Da meia-lua, No baile Da meia-noite, Em diálogo Silencioso Com luar De lua cheia, Cintilante, A iluminar Em pleno, Lá de cima, O teu rosto De sereia, A minha alma De amante...

