ANDORINHAS
Poema de João de Almeida Santos Ilustração: “Ninho em Construção” Original de minha autoria Junho de 2025
POEMA – “ANDORINHAS”
É PRIMAVERA, Há cerejas Pra colher E cores vivas Que deslumbram, A natureza Renasce, Andam Aromas no ar, Andorinhas Fazem ninhos Porque é tempo De criar. FAZEM CASAS Para os filhos Nos telheiros, Nos terraços, Nos beirais, São abraços Maternais Para o voo (E tudo o mais) Na imensidão Dos céus Que beijam Esta montanha Onde as vejo Passar. E EU (Vejam lá) Fui encontrar Um ninho Em construção No terraço Da Casa-Mãe Sobre a luz Que o ilumina: Uma luz Iluminada Por vida De andorinha Como magia De fada. ESVOAÇAM No terraço Na azáfama Do ninho Que está Em construção, Um vai-e-vem Sempre atento Por um amor Denodado E cuidada Precaução. VEJO A VIDA Que nasce Em azáfama Maternal Prà ventura Que espera Essas filhas Voadoras Em tempo De primavera, Esse tempo Seminal. E EU AQUI, Seu vizinho, A assistir À labuta Sem cansaço E ao despontar Do milagre Na parede Do terraço. AINDA ME DIZEM Que uma andorinha Não faz A primavera, Mas estas fazem, No terraço E até na minha Vida, Fico leve Como elas E já nem sinto O cansaço De estar sempre De partida.

