RITUAIS
Poema de João de Almeida Santos Ilustração: “Fantasia” JAS 2025 Original de minha autoria Junho de 2025
POEMA – “RITUAIS”
IMAGINEI Um templo Revestido De vitrais, Celebrei-te Com palavras E com luz Em singelos Rituais. EVOQUEI O tempo Em que sempre Nesse teu olhar Esquivo Eu me perdia, Quando os silêncios Sobravam Como se fossem Castigo, Por tudo o que eu Nunca faria. AGORA É FUTURO Imaginado De voluntário Amante, Construído Nas ruínas De um passado Que nem é Muito distante. É TUDO O que me resta Como alimento Da alma, Um fervilhar De memórias, Inscrições Sensoriais, Um silêncio Que é profundo... ........... E mais nada, Nada mais. RESTA Um brilho Coado, Melancólico, Cinzento, O negro Desses teus Olhos E teus cabelos Ao vento. TUDO FERVILHA Na minha sofrida Memória, Delicada Inscrição De palavras Com história Partilhadas Com paixão. DOU-TE, ASSIM, Nova vida E renovo-me Também eu, Falo ao mundo Comovido Num poema Que escrevi Para te ser Oferecido Lá do alto Do meu céu. IMAGINEI Esse templo Para os meus Rituais, Quando regresso Do meu Jardim Encantado, Sempre com algo Mais, Todo de cores Bem vestido E o corpo Perfumado, Mas por dentro Melancólico Por te ter Assim perdido Nesse tempo Já passado.
