O AZEVINHO
Poema de João de Almeida Santos
Ilustração: “Azevinho com Bagas”
JAS 2025
Original de minha autoria
Novembro de 2025

POEMA – “O AZEVINHO”
NÃO SEI PORQUÊ,
Talvez seja
O destino,
As bagas
Lá apareceram
No azevinho
Que vi,
Um arbusto
Pequenino
Que pôs fim
Ao que sofri.
ERA MESMO UM
Azevinho,
Com as bagas
Vermelhinhas,
Daquelas
Que sempre quis,
Eram bagas
Como as minhas,
Que me faziam
Feliz.
FUI AO MERCADO
(Nem sei bem
Por que razão)
E logo vi
Um azevinho
Com bagas
Tão vermelhinhas
Que nem quis
Acreditar...
............
Estava mesmo
À minha espera
Para comigo
O levar?
COMPREI-O
À vendedora
E li-lhe o poema
Das bagas,
Das outras
Que eu cantei,
Quis mostrar-lhe
O meu encanto,
Falar-lhe
Daquele tempo
Em que por ele
Esperei.
LEVEI-O LOGO
Para o meu amado
Jardim
Era isso
Que ele esperava,
Ser cuidado
Só por mim...
E PLANTEI-O
Onde ele irá
Crescer,
Ao lado
Do azevinho
Que bagas
Nunca quis ter,
Ficando sempre
Sozinho
E não sei
Se a sofrer.
E ASSIM FELIZ
Fiquei
Encontrei as minhas
Bagas,
As que sempre
Procurei.
