BRILHAM OS TEUS OLHOS
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: “Oráculo”. Original de minha autoria para este poema. Março de 2020.

“Oráculo”. Jas. 03-2020.
POEMA – “BRILHAM OS TEUS OLHOS”
NO ORÁCULO Há uma árvore Iluminada Nos dias de ritual... ................... Essa árvore És tu E eu a luz Que alumia Com o ceptro De cristal Do templo sagrado De Athena, Da arte A catedral. ÀS VEZES BRILHAS, Incendeias-me A alma e O estro No poema Em construção, Outras convocas A sombra E o silêncio, A árvore Entristece E também eu Me apago Em infausta Comoção. É BELA A ÁRVORE (Sem frutos), Beleza luminosa E um pouco fugidia Quando em dias De ritual Quero cantá-la Com vigor E fantasia Porque o brilho Dos teus olhos Me acende Esta paixão Como pura energia. SE NELA EU NÃO TE VEJO, Apago-me Em submissa Tristeza, Falta-me o teu Olhar, De cada poema, A luz E, do afecto, Delicada Incerteza... FLUI O TEMPO, Meu amor, Gasta-se a vida, Fogem de nós As palavras, O olhar Empalidece E esvai-se A alegria, O oráculo Não acolhe Este canto E, depois, Volta a rotina De cada dia E eu perco O teu encanto... MAS A DEUSA Aguarda-nos Impaciente E eu hesito A chamar-te Ao ritual, Tenho medo Que não ouças E perca, Do oráculo, A magia Do seu ceptro De cristal... AH, MAS EU OUÇO-TE Sempre Dentro de mim (És a minha Salvação) E convoco-te Ao poema Pr’acender Com a tua melodia A árvore Inspiradora Da minha deusa Athena Enquanto Meu canto Durar Nos dias Do ritual. NÃO TE ABANDONES TU Na perdição Da rotina, Não apagues Essa luz Que começa a Renascer Com brilho que M'ilumina, Deixa que eu Te cante E te celebre Em cada amanhecer, Te acenda A fantasia Nem que seja Num instante Duma noite Ou no acaso De um dia.

“Oráculo”. Detalhe.