CHÃO
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: “Luz na Montanha”. Original de minha autoria para este poema. Fevereiro de 2021.

“Luz na Montanha”. Jas. 02-2021.
POEMA – “CHÃO”
DESCESTE, Não sei bem De onde. Cravaste raízes Profundas Neste meu Sagrado chão. AO LONGE, Lá na montanha, Surge, do nada, Incandescente, Um clarão. São os meus olhos Que te iluminam... .............. Ou talvez não. NUNCA VI Chover do céu Tanta luz... ............. E no chão Que sempre piso Tão delicada raiz Que cresce Dentro de mim E, suave, Me conduz Como quando Me sorris. ESTA LUZ Que lá do alto Ilumina É magia, É milagre, É fogo Que me fascina Neste meu Entardecer... ............. Faz-me voar Para ti Apenas para Te ver. MAS NAS RAÍZES Que crescem Por dentro E por fora Como rendilhado Neste meu chão Seminal Fica presa A minha alma Como se fosse Prisão... .................... Por pecado capital. ELEVA-SE NELAS A geometria Perfeita de um Monólito Sideral Para te invocar Em ritual De montanha Onde possas Renascer Como a divindade Da chama. A MAGIA Deste chão, Despertada pela luz Que vem lá De cima, Do alto, Devolve-me A liberdade, Acende-me a fantasia, Põe-me a alma Em sobressalto E o corpo Em euforia... ENTÃO, CANTO Então, danço Neste chão Que é só meu, Dou asas À fantasia E a fronteira é o céu.

“Luz na Montanha”. Detalhe.