LIBERDADE
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: "Liberdade". Original de minha autoria para este poema. Abril de 2021.

“Liberdade”. Jas. 04-2021.
POEMA – “LIBERDADE”
PERGUNTEI-TE, Num dia De sol: “Voas comigo Prà linha Do horizonte?". Deste-me a mão E sorriste: “Voo, sim, Pois preciso De ar puro Lá bem no alto Do Monte”. E PARTIMOS. Tu levaste O arco-íris Que tinhas Dentro de ti E eu as letras Que tinha Comigo, Alinhadas Nesta alma Solitária, Feita seu porto De abrigo. ENREDÁMOS Todas as cores Com linhas De palavras Deslaçadas, Construímos Asas em forma De verso E voámos No céu De um poema Pintado todo De azul... ANDEI CONTIGO Por lá Anos a fio, Vagueando Ao sabor da Inspiração, Levados Pela brisa Que sopra fria No Monte, Mas afaga O coração. E COMO GOSTEI De voar contigo, Livres como Pássaros Sobre o vale Onde te encontrei Um dia, Construindo Castelos Na areia Com a força Da fantasia. É ASSIM QUE EU Te vejo, Tecendo a vida Com sopro Na alma E as cores Do arco-íris Pintadas Por tua mão Como pautas Coloridas Dessa bela Melodia Que era a nossa Canção. FOI ASSIM Que nos dissemos Nesse tempo, Livres de amarras Que não nos deixam Voar, Cantando Em arte Um destino Marcado Pela vontade De fazer Da nossa vida Caminho De liberdade.

“Liberdade”. Detalhe.
Transcrevo, sensibilizado, o comentário do meu Amigo e conterrâneo Tó Zé Dias de Almeida: “Hoje à pintura, à tua comemorativa pintura que é linda e livre e oportuna e pertinente – LIBERDADE – me rendo e com ela e contigo me solidarizo por mais um 25 de Abril que temos o privilégio de viver. Ao poema, integro – o na linha de Sophia para a tua Liberdade aqui também expressivamente revivida e renascida. Uma bela imagem de um olhar sentido e profundo por sentimentos que tão queridos nos são. Um abraço de Abril que temos de sublinhar e realçar. HOJE e SEMPRE. Parabéns, João, por mais este teu contributo de enaltecimento de valores perenes e imorredoiros 👌👍👏👏👏”.
Obrigado, Tó Zé, por mais este belo comentário à minha proposta de hoje, em nome da Liberdade que conquistámos no já longínquo 25 de Abril de 1974. Bem nos lembramos ainda do que eram os tempos de não-liberdade e, por isso, enaltecemos esse bem precioso que conquistámos, graças a esses valentes Capitães de Abril. Celebrá-la com a arte é um privilégio, pois não há maior expressão de liberdade do que a expressão estética, a via para o infinito, sem fronteiras que não seja a da nossa fantasia. E que honra ver-te dizer que o poema se integra na linha dessa grande poetisa (ou poeta, nem sei bem) que foi, que é, Sophia. Por aqui continuaremos e agora melhor com a tua companhia. Um grande abraço solidário neste dia mágico para a liberdade. Em Famalicão da Serra. ☺