VESTIDA DE CORES
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: “Campainhas do Paraíso”. Original de minha autoria para este poema. Janeiro de 2022.

“Campainhas do Paraíso”. Jas. 01-2022
POEMA – “VESTIDA DE CORES”
VESTES CORES Garridas No palco Desse teu mundo Em danças De luz Como quem grita A beleza Que leva Dentro de si... ......... E seduz. COBRES-TE DE TI, Agasalhas-te A alma, Repetes, Feliz, Em mil poses O teu rosto Em perfil... .......... E sorris. MAS QUANDO Regressas A ti É como o fim De um sonho Que levou Ao paraíso, A queda De um anjo Na rotina Do viver Convertida... ............. Em sorriso. MAS EU SIGO-TE, Vou E voo Atrás de ti Com poemas Sempre feridos Em cor viva, Por aí, Com versos Em voz Rouca De tanto Eu te dizer, Murmúrios De quem te sente, Palavras De não te ter. NÃO IMPORTA Que a fuga Para a boca De cena À procura De autor Que te cante e Que te conte Ao mundo Seja fuga De ti própria Para a luz Da ribalta, Rituais De celebração Onde a cor Nunca te falta. EU GOSTO De te ver assim, Luminosa, Oficiante Desse rito Pagão Que celebra A arte E a liberdade Como pregão Nas ruas De uma cidade. MAS EU CONTINUO Por aqui, Na solidão Sideral da Montanha A olhar O horizonte Sem fim, Ao crepúsculo, Pagando Com poemas E rapsódias de cor O meu tributo Aos rituais Da redenção Pela arte E por amor. AH, COMO GOSTARIA De te rever Na praia Da meia-lua, O nosso cais, No baile Da meia-noite, O brilho Da lua-cheia A acender-te A alma... .................. Mas já é tarde Demais!