OLÁ
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: “Evocação de uma Magnólia”. Original de minha autoria para este poema. Março de 2021.

“Evocação de uma Magnólia”. Jas. 03-2021.
POEMA – “OLÁ”
PEDI-TE UM DIA Num poema Que te fiz Que me dissesses Olá. Eu ficaria feliz De ouvir a tua Voz Sussurrando O meu nome Como as águas Do rio Beijam as águas Da foz. E OLÁ TU ME Disseste, Mas rápido Como o vento Que sopra Na minha alma Quando cruzo O teu olhar E me sinto Estremecer, Não por fora, Mas por dentro, Onde sou livre De amar. BALBUCIEI O teu nome Já distante Do olá Sem saber O que fazer, Se chamar-te Até mim Ou para longe Partir, Por não saber Que fazer, Por não saber-te Sorrir. MAS QUANDO VIREI O meu rosto Vi-te de novo Austera, Muito fria E distante... ............ Ignoravas O passado Que passara Nesse instante. E, DEPOIS, Tantos olás Te pedi, Tantas vezes Te chamei, Os poemas Que escrevi, Palavras Que derramei Sabendo nada De ti, Mas sofrendo Intensamente Por tudo O que já sei, Por tudo O que perdi. TALVEZ O VENTO Te chame, Talvez esta flor Te seduza, As raízes te Comovam Ou o poema Te diga Que nunca É tarde Demais E que em seu Eco Te encontre E abrace Por sinais.

“Evocação de uma Magnólia”. Detalhe de outra versão.