A FRONTEIRA
Poema de João de Almeida Santos. Ilustração: “Horizonte”. Original de minha autoria. Maio de 2021.

“Horizonte”. Jas. 05-2021.
POEMA – “A FRONTEIRA”
OLHO A MONTANHA Da porta De granito Amarelo, Com cristais, Sobre o ocre De um telhado Como se fosse Janela De um palácio Encantado Que do sonho Fosse cais. CONTEMPLO A linha do horizonte, Mas é diferente A visão. Antes, eu via futuro, Agora, vejo passado, Essa tão bela Ilusão De a ter sempre A meu lado. ENTRE PASSADO E FUTURO, É a minha Identidade, Ficou quieta À minha espera Quando dela Eu parti Ao encontro Da cidade. ELA É PORTO De abrigo E é lugar de Partida, É, pois, mais Que uma porta, É fronteira Que passamos No desafio Da vida. MAS É ETERNO Retorno, Um regresso Renovado Onde posso Renascer Quando visito A memória Do que não Quero perder, Ficando sempre A seu lado. ESTA PORTA É magia, Viajo sempre Por ela Porque é uma Janela De onde voa A fantasia. DELA ALCANCEI O mundo E o mundo veio Até mim, Ao passar por Esta porta Sinto o meu Horizonte Como fronteira Sem fim... POR ISSO REGRESSO A ela, Esse pilar Do meu ser. Quando chego, Logo amanhece, E quando estou De partida Sinto que O mundo Acontece Como a montanha Na vida.

“Horizonte”. Detalhe.